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Pais de vítimas de acidente na BR-116 relatam dor e choque: 'esperávamos uma notícia boa, mas veio essa ruim'
Os pais de Juliana Nascimento dos Santos Fonseca, de 25 anos, e Gerenildo Silva da Fonseca, de 34, contaram que eles iam visitar a família em Poções, na Bahi...
22/12/2024 17:01
Os pais de Juliana Nascimento dos Santos Fonseca, de 25 anos, e Gerenildo Silva da Fonseca, de 34, contaram que eles iam visitar a família em Poções, na Bahia. Eles começariam a construir uma casa na cidade. Pais de Juliana Nascimento dos Santos Fonseca e Gerenildo Santos da Fonseca no IML de Teófilo Otoni
Jerry Santos/Inter TV dos Vales
Dos 41 mortos no acidente entre um ônibus, uma carreta e um carro na BR-116, em Teófilo Otoni, dois eram um casal prestes a realizar um sonho. Juliana Nascimento dos Santos Fonseca, de 25 anos, e Gerenildo Silva da Fonseca, de 34, viajavam de São Paulo até a cidade de Poções, no sudoeste da Bahia, onde planejavam visitar familiares e iniciar a construção da casa própria.
Os pais do casal moram em Poções e foram até Teófilo Otoni para coletar material de DNA para o reconhecimento dos corpos.
Jurandir Pereira dos Santos, pai de Juliana, contou que soube tentou contato com a filha e o genro, que ele disse considerar um filho.
"Eles iam chegar no sábado [dia do acidente]. Aí desde 6 horas da manhã a gente começou a mandar áudio, fazer ligação e eles não atendiam. Como era costume eles ligarem para a mãe 6 horas da manhã todos os dias para dar notícia, a gente ficou já na expectativa, esperando uma notícia boa, mas aí veio essa ruim", disse.
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Jurandir disse ter esperanças de que Juliana e Jurandir tivessem sobrevivido ao acidente.
“Chegou a notícia de que foram 12 sobreviventes. Falei: ‘Minha filha e meu genro podem estar no meio desses sobreviventes’. Mas, infelizmente, vieram a óbito, não escaparam com vida. Fiquei em choque e estou até agora”.
Juliana e Gerenildo não tinham filhos, estavam casados há sete anos e moravam em São Paulo. Juliana era funcionária de uma loja e o marido trabalhava na construção civil. Juliana não via a família há dois anos.
“A última conversa que nós tivemos foi que ela estava vindo para Bahia e estava satisfeita com a viagem. E nós também, esperando [pela chegada deles]”, disse.
O casal planejava passar um mês na cidade com a família. Eles iam participar das festas de fim de ano e depois começar a construir uma casa. O sonho deles era voltar para Poções e morar ao lado da família.
“Eles iam construir uma parte e deixar a outra para a gente concluir. Esse era o plano deles, voltar para ficar junto de nós".
O pai de Juliana contou que a filha, no último áudio enviado para a família, falou que o ônibus atrasou para sair por cerca de 40 minutos. Segundo ele, a previsão era de que eles chegassem em Poções por volta das 22h de sábado.
"Tenho os áudios dela no meu celular. Não vou apagar esses áudios, é a única lembrança que tenho, das últimas palavras dela, é isso aqui. Tá no meu celular."
As famílias moram em Poções e foram até Teófilo Otoni para coletar material genético, que vai ajudar no reconhecimento dos corpos. A Empresa Emtram disponibilizou um ônibus para o transporte das famílias até a cidade mineira.
Abalado, o pai de Gerenildo, revelou que ficou sabendo do acidente pelas notícias divulgadas na imprensa.
"É difícil. Tô aqui não é porque eu quero não, é porque sou obrigado mesmo", disse Germino Ferreira da Fonseca.
"Soube pelo jornal de Salvador. Estava assistindo a televisão e vi o carro tombado lá né. Aí entrei em contato com a família e lá ninguém atendia", lembrou . Ele disse que falou com o filho pela última vez um dia antes do acidente.
"Ele vai e fica um ano [São Paulo]. Aí na férias dele ele volta para cá. A gente estava na expectativa. É muito difícil. Tô de coração partido, tô sofrendo muito. Até agora nem sei o que dizer”, completou.
O acidente
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O acidente na BR-116, aconteceu na madrugada de sábado (21), em Teófilo Otoni e envolveu um ônibus, uma carreta e um carro de passeio, deixando 41 mortos e 11 feridos.
O ônibus saiu de São Paulo com destino à Bahia. A tragédia é considerada a maior em rodovias federais desde 2007.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), as primeiras informações são de que uma pedra de granito, transportada pela carreta, se soltou e atingiu o ônibus. O veículo pegou fogo após a colisão. Um carro que seguia atrás da carreta também se envolveu no acidente ao bater na carreta.
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